Como sempre, eu só apareço por aqui quando tenho saudade ou necessidade de escrever. A vida nem está tão corrida, para que eu possa usar a correria como desculpa. A verdade é que eu me apego a coisas superficiais ao invés de me apegar nessa prática que me faz tão bem.
Bom, vamos atualizar!
Meus cinco anos de aula acabaram e ao invés de sentir alívio em relação a isso, eu tô sentindo somente desespero (como já era de se imaginar). Mas mesmo as aulas terminando eu ainda não estou formada por que ficaram os estágios que eu havia trancado no quarto e no quinto ano.
Esses estágios tem sido uma tortura porque a pandemia têm dificultado tudo, e por causa disso a maioria deles ainda nem começou. Eu estou tendo apenas uma supervisão por semana, sendo que eu deveria estar fazendo umas seis. É muito difícil esperar no escuro, então essa demora e essa incerteza em relação aos estágios me deixa muito perturbada, principalmente por eu ter saído do trabalho para poder me dedicar a eles.
Ter saído do trabalho: não me arrependo e nem sinto falta. O lugar onde eu trabalhava não era muito admirável, então pra mim esse não foi um problema. Sinto que não foi algo que me prejudicou mentalmente, sabe. Quando eu saí, eu passei muito nervoso porque eles dificultaram muito a minha saída passiva, mas mesmo assim me sinto feliz em lembrar que eu não me deixei abalar. Inicialmente o plano era eu não trabalhar para me dedicar somente aos estágios da faculdade, mas logo me apareceu uma vaga de estágio em uma escolinha infantil. Se eu fui? Eu até fui, mas não fiquei! Hahahahaha esse sonho foi do céu ao inferno em dois dias. Foi uma das minhas piores experiências.
No momento sendo babá, cuidando da filha de uma amiga. Eu não ganho mais do que eu ganhava trabalhando na loja, mas é um emprego confortável, porque eu consigo fazer meus corres, e ainda ganhar uma graninha pra cuidar e brincar com um ser humano de cinco anos de idade. Então, em relação a isso eu me sinto super bem!
Agora sobre o outro lado da vida: família, relacionamento, casamento, e amizades.
Família: eu sofro quase todos os dias por sentir falta e por saber que estou cada vez mais distante da minha família. Isso não significa que eu queira viver na casa da minha mãe pra sempre, mas esse sentimento de perca é inevitável pra mim.
Relacionamento: meu namorado/noivo é sempre maravilhoso comigo, é um parceiro incomparável que faz com que eu seja uma pessoa melhor. Eu amo a relação de troca que temos, e nunca me arrependi de estar ao lado dele. Claramente a gente discorda em algumas coisas e muitas vezes brigamos por coisas bobas, mas isso faz parte do nosso crescimento, porque tudo isso é novo pra nós dois.
Casamento: Minha ansiedade diária. Não o matrimônio em si, mas a entrega das chaves do nosso apartamento, a compra dos móveis, a reforma... Eu me sinto muito ansiosa com tudo isso. Sinto que onde estou agora, não é onde eu pertenço.
Amizades: sinto que não tenho! Embora eu chame muitas pessoas de "amiga", quando eu sinto vontade de ver uma amiga, eu só consigo lembrar de uma. Eu sempre tive muitas amizades, e isso é uma coisa que me faz muita falta. Infelizmente eu não acho que isso vai mudar só pela minha parte, porque pra uma amizade existir e se manter precisa-se das duas partes. As vezes bate a maior bad e eu me sinto uma pessoa horrível daquelas que não tem amigos porque não merece. Mas esses sentimentos não são tão frequentes.
Bom, faltou falar sobre o assunto mais importante: eu. Como eu tenho me sentido, meus medos, alegrias e anseios. Mas acho que já escrevi bastante por hoje, entao vou deixar essa parte para o próximo texto.